FIMOSE: o que preciso saber e como tratar

A fimose é um problema altamente frequente na população e acomete aproximadamente 100% das crianças recém-nascidas e entre 10% e 20% dos maiores de 4 anos. Mas, mesmo sendo comum em meninos, este problema também afeta homens adultos.

No artigo de hoje te convido a saber o que causa a fimose, quais são as suas consequências e o melhor tratamento. Estas são algumas das dúvidas mais frequentes que afligem os pais, mas, afinal, o que é fimose?

A fimose nada mais é do que a dificuldade que o menino tem em expor, parcial ou completamente, a glande. Isso ocorre por conta do excesso de pele que recobre a área, que damos o nome de prepúcio.

O que causa a fimose?

Diversos fatores propiciam esse problema. Em recém-nascidos, que em sua maioria possuem a fimose fisiológica, as causas são:

  1. Aderências do prepúcio com a glande.
  2. Presença de um anel de fibrose que não possui boa elasticidade.

a fimose secundária, outro tipo, pode ser gerada por:

  1. Retrações forçadas do prepúcio.
  2. Infecções (balanites) e inflamações.

Por isso devemos desencorajar os “exercícios” que forçam o prepúcio.

Quais são as consequências de uma fimose não tratada?

Ao contrário do que muitos pensam, o esmagam (“massinha branca”) não faz mal ao organismo, mas é um indício de que a fimose não está permitindo uma higienização adequada. E o que isso pode gerar?

As possíveis complicações envolvidas são as infecções urinárias, inflamações do prepúcio, dificuldade para urinar e até mesmo o câncer de pênis.

Quando devo tratar a fimose?

A fimose pode ser tratada de duas maneiras:

  1. Pomadas: as pomadas à base de corticoide têm boa taxa de resposta para melhorar a retração, porém com grandes taxas de retorno da fimose após algum tempo. Podem causar balanites por fungo e não retira o excesso de pele, que continua podendo ser um fator gerador de problemas futuros.
  2. Cirurgia: a cirurgia traz o benefício em reduzir infecções, transmissão de DSTs, câncer de pênis, além de melhorar as condições de higiene.

Ela consta na retirada parcial ou completa, o que é mais ideal, do prepúcio, deixando a glande completamente exposta.

Nos casos de fimose primária, o descolamento pode acontecer naturalmente com o surgimento do esmegma ou com as ereções involuntárias. Por isso procuramos operar esses pacientes nas seguintes situações:

  1. Persistência da fimose com o passar dos anos (a partir do desfralde, preferencialmente).
  2. Inflamações recorrentes do prepúcio (balanites ou balanopostites).
  3. Infecções urinárias ou alterações anatômicas.
  4. Dificuldades para urinar (formação de “balão” de urina).
  5. Desejo dos pais ou questões culturais.

O fato é que a fimose pode gerar impactos presentes e futuros na vida do paciente. O seu urologista deve tentar balancear a indicação técnica com o desejo dos pais para chegarem, em conjunto, na melhor solução para a criança.

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