É definida como a incapacidade de obter e/ou manter uma ereção com rigidez peniana suficiente para uma atividade sexual satisfatória.
A prevalência de disfunção erétil é bastante significativa. Em homens com idade entre 40 e 70 anos e identificou uma prevalência de 52% da disfunção erétil. Dessa forma, esse problema torna-se muito relevante, não só por ser extremamente comum, mas principalmente por gerar grandes transtornos para vida do homem, com danos psicológicos e sociais.
O que causa a disfunção erétil?
Costumo explicar a meus pacientes que a disfunção erétil tem três focos principais:
1 – “Cabeça”:
O início de tudo está na cabeça. O fator psicológico afeta muito a ereção, sendo essa a principal causa nos jovens. Dentro desse grupo encontramos a ansiedade, falta de confiança, experiências negativas prévias, falta da libido, dentre outras. Se o paciente não consegue ter desejo ou está muito nervoso, com pouco relaxamento não temos o gatilho inicial para desenvolver uma ereção satisfatória.
2 – “Nervos”:
Uma vez tudo nos conformes com a “cabeça” do paciente, o estímulo do desejo precisa percorrer nosso sistema nervoso para gerar ereção. Dessa forma pacientes com trauma medular, doenças como AVC, esclerose múltipla, que afetam o sistema nervoso central podem afetar a ereção. Além dessas, doenças que afetam os nervos periféricos, como diabetes, são altamente prejudiciais para função erétil.
3 – “Vasos”:
A ereção nada mais é do que o corpo cavernoso do nosso pênis ficando repleto de sangue. Dessa forma, por mais que o estímulo dos “nervos” cheguem até os vasos sanguíneos com a ordem para enchimento, se existe uma obstrução das artérias que levam o sangue até o pênis, a ereção ficará comprometida. Assim, condições que levam a oclusão arterial (sedentarismo, obesidade, hipertensão, diabete, dislipidemia, tabagismo) são vilões da boa ereção.
Além dessas comorbidades, medicações e algumas cirurgias podem afetar algum desses 3 mecanismos, podendo contribuir ou ser determinante para o problema do paciente.
Qual tratamento para disfunção erétil?
O tratamento para disfunção erétil envolve uma progressão em complexidade gradual.
A primeira medida sempre é a mudança comportamental: parar de fumar, perda de peso, realização de atividades físicas, controle da pressão, glicemia e dislipidemia, dentre o controle de outros possíveis agentes causadores reversíveis.
Primeira linha:
O uso de medicamentos orais é uma medida efetiva e segura na maioria dos casos. São diversas medicações semelhantes, com uso diário ou sob demanda. Dentre os mais comuns estão a sildenafila e tadalafila.